Comprar um imóvel próprio para morar costuma ser um investimento de longo prazo, quando não para a vida toda. Financiamentos imobiliário é fundamental para o funcionamento da economia e para aquecer o mercado
Uma das decisões mais importante da vida. A casa própria se tornou mais do que um sonho para os brasileiros - é uma meta de vida em um país que ainda aprende a relevância de estimular a poupança interna e programas diversificados de financiamento de imóveis em todos os níveis.
As constantes notícias sobre contração de crédito e taxas altas de juros costumam assustar os interessados em adquirir imóveis, seja a primeira casa própria ou para investimentos.
Os especialistas afirmam que esses fatores não devem ser desconsiderados, mas que não motivo para descrença nas possibilidades de compra de imóveis, sobretudo os residenciais. Planejamento é a palavra fundamental no processo de aquisição a qualquer tempo.
Como costuma ser um investimento a longo prazo, um negócio bem planejado, com uma assessoria competente, as chances de sucesso na compra são grandes e a qualquer hora.
A burocracia é grande e assusta? Não quando as informações corretas estão na mão e as orientações de gente que entende estão à disposição.
É importante, no entanto, entender o que é um financiamento imobiliário e como ele funciona no Brasil, ou seja, quais são as regras atuais em vigência.
Um financiamento é a concessão de crédito vinculada à compra de um bem. No caso do financiamento imobiliário, o banco, depois de aprovar seu crédito e firmar um contrato, adquire o imóvel para você, que não tem dinheiro suficiente para pagá-lo à vista
Essa quantia será devolvida ao banco em prestações, que você pagará ao longo do prazo estabelecido em contrato (no máximo, 35 anos). Mas você não vai simplesmente devolver o mesmo valor emprestado pelo banco. Haverá aplicação de juros e correção monetária embutido no valor das parcelas, além da inclusão de seguros e taxas.
Enquanto a dívida não for paga, estará valendo a alienação fiduciária do bem, que deve constar na matrícula do imóvel depois que a operação de financiamento for firmada.
A alienação fiduciária concede ao banco direitos de propriedade sobre o imóvel até a sua quitação. Mas você mantém a posse do bem e pode usá-lo livremente. Problemas podem ocorrer apenas se você atrasar o pagamento além do limite estabelecido no contrato – em geral, 90 dias.
Os dois principais sistemas de financiamento existentes no Brasil são o Sistema Financeiro de Habitação (SFH) e o Sistema de Financiamento Imobiliário (SFI).
O Sistema Financeiro da Habitação (SFH) é um recurso de financiamento imobiliário que o Governo Federal criou em 1964, através da Lei nº 4.380, com o objetivo de facilitar o acesso ao financiamento de construção, aquisição ou reforma de imóveis, visando a redução do déficit habitacional no país.
Os financiamentos via SFH, têm regras definidas pelo Governo Federal e destinam-se a imóveis avaliados em até R$ 1,5 milhão. Graças a essa regulação do governo, o Custo Efetivo Total (CET) da operação deve ser de até 12% ao ano.
Já o SFI foi criado por lei em 1997 e permite a livre negociação entre o cliente e as instituições financeiras. Não há valor máximo de imóvel nem taxas de juros definidas pelo Banco Central ou pelo Governo Federal.
O primeiro passo para tomar a decisão de encarar o financiamento de imóvel, que é de longo prazo, é avaliar o contexto pessoal e profissional para assumir o compromisso.
Especialistas recomendam ao pretendente se terá uma renda estável nos próximos anos e escolha o imóvel que poderá atender suas necessidades por muitos anos.
Entre os pontos a serem analisados está a comparação entre a prestação do imóvel próprio e o pagamento de aluguel. Comprar uma casa ou apartamento geralmente é a solução para fugir das flutuações do aluguel e construir um patrimônio.
Outro ponto a ser considerado: não é comum no Brasil os candidatos à compra de casa própria terem á disposição o dinheiro completo para o pagamento à vista. O financiamento torna-se quase obrigatório, mesmo para quem tem dinheiro guardado, mas teme ficar descapitalizado para eventuais emergências.
Por fim, dependendo das condições do financiamento e da forma de pagamento, avalie se é o caso de retirar dinheiro de aplicações rentáveis e usá-lo para pagar um imóvel.
No próximo texto mostraremos algumas dicas para a escolha do financiamento para quem decidiu pela compra da casa própria.
Fontes: Serasa, Secovi, Boa Vista, Banco Central, Prefeitura de São Paulo, Loft Cred, Bradesco, Itaú